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18 de julho de 2011

O decadente esporte brasileiro.

Estava em casa de molho assistindo um jogo de volei entre Brasil e EUA, durante os jogos militares mundiais, quando o comentarista da SporTV diz:
"O time do Brasil passa sem dificuldade pela equipe dos EUA, já que tem atletas campeões olímpicos, campeões da liga brasileira, jogadores profissionais de volei com muita experiência...já os EUA vieram com jogadores visivelmente amadores, que devem ser apenas militares..."

Ué, mas os jogos não são só para militares?? Quando me perguntei isso o narrador parece que me ouvindo, respondeu:
"...embora os atletas brasileiros não sejam militares de carreira, já estão há 3 semanas vivendo a rotina militar...e além do mais, não é só o Brasil que chama atletas profissionais para representar o país nas competições  militares...todos os outros países fazem isso também".

No mesmo dia, os atletas do futebol brasileiro perdem 4 penalts e não conseguem se classificar para as semifinais da Copa América.  

Isto demonstra que há muito tempo o Brasil perdeu a filosofia da competição. O que importa é ganhar, de qualquer maneira. Os militares querem ser bem representados com atletas que mal sabem bater continência. O pessoal do futebol não consegue mais se comportar como uma equipe, um time, um só objetivo. Cada dia que passa é visível a percepção do estrelismo no futebol brasileiro.

A "era Dunga" já demonstrava isso mas agora está tão descarado o negócio que dá até um ruim de ver.

Tenho saudade do esporte ingênuo, aquele que era praticado com emoção, da época do Senna, que ganhava pelo prazer da vitória. Agora temos que aguentar Massa e Barrichello que têm como função fazer número durante as corridas, ganhando uma grana violenta, ludibriando o povo e fazendo só o serviço mandando.

Vivemos o tempo de "coisificação" do homem. Em que o sujeito se torna objeto, pago para desempenhar uma função e doutrinado a não pensar no conjunto das coisas, é a própria desumanização da competição.

O melhor exemplo da coisificação do homem esportista é o estilo militarista-doutrinador do Bernardinho, que não reconhece o mérito de quem foi superior a ele e recebe como demérito suas derrotas.

Se o homem pudesse antever o futuro, os romanos certamente não deixariam que a profissionalização do esporte acontecesse em Esparta no final do século V e Pierre de Coubertin teria deixado regras mais rigorosas para se seguirem durante os jogos olímpicos da era moderna.

http://estereotipodaperfeicao.blogspot.com/2011/06/influencia-capitalista-no-esporte.html

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