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19 de outubro de 2010

Educação, Estado e Políticas Públicas

Tenho lido já ha algum tempo sobre a relação do Estado com a Educação e, como a partir disto, as Políticas Públicas são geridas, relacionadas com a Política Econômica de alguns países.

É um assunto bem complexo e que no entanto, dá o rumo das coisas na nossa vida. Tudo gira em torno das políticas públicas que são feitas, visando saciar as necessidade de determinado grupo social.

Visto que nosso país é regido pela política econômica baseada no neoliberalismo, construído a partir da globalização e do livre comércio sem regras, nossa política educacional serve a este fim, formando pessoas para o trabalho.

Agora fico imaginando, as crianças brasileiras passam em média 12 anos na escola básica, quando adultos, em média 04 ou 05 anos na escola superior, mais uns 03 se especializando para se tornarem escravos do mercado de trabalho, do consumo e do acúmulo de capital sem limites. Nossa educação é muito individualista, as crianças aprendem a ter e nunca a ser alguma coisa.

Quando verificamos em uma escola, o comportamento dos alunos na contemporaneidade, vemos o absurdo da educação pautada na formação para o mercado de trabalho, o conhecimento resumido em uma apostila, o acompanhamento psicológico para ajudar a não reprovar, a obrigatoriedade da compra de determinados materiais, o ensino da arte e do esporte baseado na espera de resultados e os professores sendo tratados como colaboradores, profissionais da educação ou como funcionários de um determinado departamento escolar.

A primeira questão a ser tratada deveria ser o eclarecimento sobre o porque conhecer; instigando o aluno a conhecer para a vida em sociedade e para ajudar os demais ao seu entorno.

O conhecer por conhecer não tem objetivo nenhum senão for para melhorar o mundo onde vivemos, agregar qualidade aos dias vividos, pensar sobre as coisas que estão a nossa volta, formar ideias sobre os fatos e construir uma identidade própria e única.

O governo do Lula, por ter uma plataforma política baseada no assistencialismo ou paternalismo social, está seguindo de cabo a rabo a cartilha dos neoliberais, inaugurando escolas técnicas e cursos de graduação de 02 anos para antecipar a formação de mão de obra de baixa idade, vislumbrando o que será arrecadado com mais gente ganhando um salário da carteira, injetando dinheiro no INSS e colaborando para que as Políticas Públicas dos bolsa isso e aquilo não termine nunca.

Será que o povo não vê isso? Se, estudando mais de 15 anos os sujeitos não conseguiram despontar no "mercado de trabalho" com "qualidade total" no século passado, imagine estudando menos e ingressando antes no mundo do trabalho? Acabarão sendo uma mão de obra mais barata ainda, mais escravizada e mais dependente do Estado.

Dentre outras constatações, é por isso que adoro estudar as relações de Estado com o poder sobre a massa. E o mais interessante de tudo, é que esta massa está sendo ludibriada ha muito tempo, está se vendendo por tão pouco que, ao trocar pelos seus votos, sai muito mais em conta do que investir pesado em propaganda eleitoral.

E é isso. Vamos ver o que vai dar. Só sei que novas Políticas Públicas vem por aí e novos objetivo de vida serão formulados, fundamentado é lógico, pela estrutura educacional pública brasileira.

Um beijo vermelho desbotado para os professores que contribuem sempre para que esta política educacional alienante se perpetue por 20 anos.

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